sábado, 1 de novembro de 2008

Vida noturna

Acendo um cigarro molhado de chuva até os ossos
E alguém me pede fogo - é um dos nossos
Eu sigo na chuva de mão no bolso e sorrio
Eu estou de bem comigo e isto é difícil
Eu tenho no bolso uma carta
Uma estúpida esponja de pó-de-arroz
E um retrato meu e dela
Que vale muito mais do que nós dois
Eu disse ao garçom que quero que ela morra
Olho as luas gêmeas dos faróis
E assobio, somos todos sós
Mas hoje eu estou de bem comigo
E isso é difícil
Ah, vida noturna
Eu sou a borboleta mais vadia
Na doce flor da tua hipocrisia



João Bosco e Aldir Blanc

Um comentário:

 ­adan ­arruda. disse...

http://cidinhadasilva.blogspot.com/2008/10/feminicdio-ao-vivo-o-que-nos-clama-elo.html