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Desconhecido que atravessas a rua,
Que há de comum entre mim e ti?
A mesma solidão e a mesma roupa.
Procuras consolo, mas não podes parar.
És o servo da máquina e do tempo.
Mal sabes teu nome, nem o que desejas neste mundo.
Procuras a comunidade de uma pessoa,
Mas não a encontras na massa-leviatã.
Procuras alguém que seja obscuro e mínimo,
Que possa de novo te apresentar a ti mesmo.
Murilo Mendes
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
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4 comentários:
mon dieu não conhecia isso, cada vez gosto mais desse cara.
ele escreveu uma coisa pra vc, câmis:
"o trevo de quatro folhas
achou-te"
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