Angra desolada, dia que não raia
Barcos submersos, rochas de atalaia.
Redes agonizam pelo chão da praia,
Lemes submissos, dia que não raia azul.
Nuvens de ameaça, lua prisioneira.
Águas assassinas, chuva carpideira.
Volta ao porto o corpo morto
De outro moço:
Cruz de carne e osso
Que tentou fugir no mar.
Asas invisíveis sobre o meu silêncio
Facas dirigidas contra o que eu não tento,
E hoje o mar de Angra
Sangra dos meus olhos
Precipício aberto
De onde me arrebento.
joão bosco e aldir blanc
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
nossa, camila... sem reação, aqui. maravilhoso este poema! =*****
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