terça-feira, 24 de novembro de 2009

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mobiliando o silêncio
com aquários vazios

vê-se inexistente
uma cor na parede

o que se vê
é um pássaro com sede

de poleiro em poleiro
fazendo voar a gaiola



de novo, rodrigo de souza leão

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

aqui 2



Sou maldito de boutique
Mendiguei no meu quarto
Na sujeira das cinzas
Entre latas de cerveja

Fiz de toda a prisão
Um poema feito pele
À moda das cicatrizes
Que eu deixei em mamãe

Amo toda a profundidade
Mesmo aquelas abissais
E desconfio de mim tanto
Que paro o poema aqui



rodrigo de souza leão
(na foto: ângela ro ro. achei que eles podiam ter se conhecido).